
Correlação entre Perda de Músculo e Demência
A perda de massa muscular e a presença de demência parecem estar diretamente relacionados .
O professor e pesquisador Jamerson de Carvalho, do Hospital Universitário da UFPB (Universidade Federal da Paraíba), afirma que as evidências que temos hoje sobre a correlação entre perda de músculos e o risco aumentado de demências ainda são insuficientes para indicar a existência de uma relação de causalidade entre os dois fenômenos. Segundo ele, o mais provável é que pacientes expostos a problemas como tabagismo, sedentarismo, alcoolismo e cardiovasculares desenvolvam tanto uma menor massa muscular quanto sintomas de neurodegeneração no final da vida.
Segundo os autores do trabalho, uma menor quantidade de músculo esquelético está associada a um risco aproximadamente 60% maior de desenvolvimento de demências, quando os dados são ajustados para os demais fatores de risco. Os dados foram divulgados durante a reunião anual da Radiological Society of North America (RSNA).
A correlação entre a perda de massa muscular e o desenvolvimento de demências é patente e conhecida pelos pesquisadores há algum tempo. Mas agora os especialistas estão olhando o problema na ordem inversa, isto é, para os casos que a redução do volume de músculos precede os casos de neurodegeneração. Já é sabido que o exercício físico estimula a atividade cerebral de forma positiva minimizando o desenvolvimento de demências.
Um artigo publicado na revista científica Metabolites faz um levantamento de pacientes com função cognitiva mais baixa e sarcopenia. Os autores concluem que os esforços de prevenção da sarcopenia podem ajudar na redução dos casos de demência. Eles levantam a hipótese de que uma maior quantidade de músculos contribui diretamente para a preservação da cognição.
Músculo com boa qualidade, favorecendo a função é, também, importante fator para evitar quedas.
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